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quinta-feira, 16 de junho de 2022

O castanheiro e as castanhas



Os castanheiros são árvores de grande porte. Chegam a viver até cerca de 500 anos, e apenas dão fruto quando atingem os 40 anos.
As castanhas surgem dentro de um ouriço espinhoso, com cerca de 5 a 11 cm de diâmetro. Os ouriços podem conter de 1 a 7 castanhas.
O seu uso já vem desde a pré-história. Espalharam-se por toda a Europa a partir da Grécia. 

As castanhas são muito saudáveis e ricas em nutrientes. Contêm bastante água, pouco óleo, são ricas em hidratos de carbono complexos e contêm proteína de elevada qualidade. São isentas de glúten e de colesterol.

Tabela por cada 100 g

Hidratos de Carbono: 52,96 g
Energia: 245 kcal/ 1025 kJ
Gordura poli-insaturada: 0,869 g
Gordura monoinsaturada: 0,759 g
Açúcares: 10,6 g
Fibra: 5,1 g
Proteínas: 3,17 g
Lípidos: 2,2 g
Magnésio: 33 mg
Manganês: 1,18 mg
Ferro: 0,91 mg
Fósforo: 107 mg
Potássio: 592 mg
Riboflavina: 0,175 mg
Sódio: 2 mg
Zinco: 0,57 mg
Cálcio: 29 mg
Betacaroteno: 14 mcg
Cobre: 0,507 mg
Vitamina K: 7,8 mcg
Vitamina E: 0,5 mg
Vitamina C: 26 mg
Vitamina B6: 0,497 mg
Vitamina A: 24 IU

As castanhas têm uma relevância inquestionável na gastronomia europeia, nomeadamente em Portugal.

As castanhas podem ser cozidas ou assadas no carvão. Usadas em sopas, purés, pratos de carne, pratos de peixe, molhos, licores e outras bebidas, bem como em doces e salgados e até cristalizadas. Podem, com grande vantagem alimentar, substituir as batatas e até as massas.
Combinam particularmente bem com batata-doce, cenoura, cogumelos, couves-de-bruxelas, ou qualquer outra couve.

Queijos e vinhos



Harmonizar vinhos com a comida é uma arte e poucos a dominam, mesmo porque muitas vezes ao irmos a um restaurante, um mercado ou uma loja especializada, esses trabalham com um carta de vinhos específica e, muitas vezes, patrocinada e, com isso, a "empurroterapia" corre solta. Honestidade e transparência é conceito de poucos lugares.
Para fugir desses desafios, criei uma aula que pode parecer complicada devido aos nomes que aparecem, mas que servirá de guia para que você tenha certeza, tanto na hora de adquirir os queijos, quanto os vinhos.
A moda de festas em que encontramos queijos e vinhos já foi muito forte. Quem de nós nunca foi em uma?
Porém, na sua grande maioria, tanto os anfritiões, quanto os comensais, se serviam do seu gosto e, principalmente do "chutômetro" para tentar agradar seus paladares.
Hoje, temos uma literatura específica e muita informação à disposição, quer seja virtual ou real e não é mais aceitável arriscar fazer uma festinha dessas sem ter o mínimo de conhecimento sobre o assunto.
Ninguém quer um enochato a cada gole de vinho ou pedaço de queijo falando sobre a produção, os métodos de armazenamento, disso ou daquilo, mas certas regras devem ser respeitadas e seguidas. A harmonização entre vinhos e comida é uma delas, mesmo porque tem toda uma lógica.
Há muito tempo, os franceses e os italianos descobriram essa combinação, tanto que havia um ditado popular entre os vendedores que dizia: Para vender vinhos, sirva queijos.
É uma combinação que pode levar ao Nirvana ou ser um desastre completo, pois os queijos "revestem" as papilas gustativas com sua gordura, tornando, muitas vezes, o vinho em algo amargo.
Algumas combinações, porém, superam o problema, seja por oposição de sabores, seja por aproximação.
Apesar de ser esse um hábito antigo, a mistura não é tão simples quanto parece. O vinho errado pode matar o sabor do queijo. O contrário também é verdadeiro.


Conselhos:
Se possível, use facas próprias para queijos e jamais espete-os com um garfo no momento de cortar. 
Coloque os queijos sobre tábuas ou suportes de madeira e cada uma com sua faca, para não confundir aromas e sabores.
Os bons queijos devem ser degustados ao natural, quase sempre sem nenhum acompanhamento, mas, as vezes, frutas são excelentes acompanhamentos. 
Maçã vermelha é ótima parceira para o queijo Brie, Já a maçã verde, ressalta o sabor do Camembert. As uvas dedo-de-dama combinam com todos os queijos. A pêra faz um ótimo contraponto com o Gorgonzola.
O pão, o salsão e a água são perfeitos para limpar o paladar entre um queijo e outro. Há pouco tempo descobri a erva-doce. Sirvo em filetes, cortada a julienne e ela se torna mais agradável do que o salsão, embora tenha um sabor mais adocicado, mas que não perdura por muito tempo na boca. Croutes (de legumes ou de pão) são outra boa sugestão.
A companhar com cestas com pães pequenos e diferentes (tipo italiano, alemão, francês, centeio, com nozes), sempre servidos inteiros, por isso melhor pães em formato mini.
Ao escolher ítens para acompanhar uma tábua de queijos tenha em mente que os sabores devem ser sutis. 
Sei que é difícil, mas, evite Provolone e o Parmesão, porque elas possuem sabores muito fortes que se sobrepõem aos demais.
Não se deve servir os queijos em cubinhos, quando muito com o primeiro corte insinuado, ou seja, uma marca deixada para servir de padrão.
Nada de queijos gelados. Queijos devem ser degustados na temperatura ambiente.
Se houver vários vinhos, começe sempre pelos brancos e só depois vá aos tintos.


A regra clássica:
A harmonização de queijos e vinhos é tradicional e, por ser um produto isolado, sua combinação pode parecer mais fácil, mas não se engane, principalmente quanto aos queijos fortes, que geralmente matam os vinhos. 
Vamos nos ater a certas regrinhas básicas, e aos princípios das combinações, que seguem textura e sabor:


Quanto mais duro for o queijo (parmesão, por exemplo), mais tânico pode ser o vinho. As uvas são suficientemente robustas para não perder a estrutura.

Quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve conter.
Vinhos doces ou generosos (tais como Sauternes, Porto ou Madeira) acompanham bem os queijos azuis, pois equilibram a pungência destes: o Roquefort cai bem com Sauternes, o inglês Stilton faz combinação clássica com o Porto e o gorgonzola combina com tintos potentes.

Queijos frescos e sem casca, como os cremosos, o mascarpone ou a mozzarella pedem vinhos brancos leves.
Vinhos tintos de classe e mesmo brancos parecem insinuar sua adequação com queijos macios, de casca rica, como Cammembert, Brie e Gouda, desde que não muito curados. 

Queijos mais suaves, do tipo Emmenthal e Gruyère, aceitam vinhos tintos pouco tânicos, suaves.
Vinhos brancos leves e aromáticos combinam com queijos de massa mole, tais como os frescos de cabra e a ricota. Você pode combiná-los com um Chardonnay, por exemplo. (Riesling ou Chardonnay), rosés ou tintos jovens e frescos, como o Beaujolais francês e o italiano Bardolino.



Veja algumas sugestões de harmonizações:

Queijos frescos
Muito apreciados pelo paladar nacional, os queijos frescos são ideais para iniciar uma reunião e pedem vinhos brancos frescos, secos, com boa acidez e aromáticos, como o Gewürztraminer, Riesling, Moscatel e Malvasia. Vale abrir também uma garrafa de um rosé. A maioria dos queijos cremosos de leite de cabra também casam perfeitamente com esses vinhos. 

Queijos macios
Tanto o brie quanto o camembert combinam com vinhos brancos estruturados, como um Chardonnay que tenha permanecido em barrica de madeira por algum tempo. Um Sancerre é outra alternativa de primeira. Tintos leves, pouco tânicos, como os do Vale do Ródano, os conhecidos Côtes du Rhône, ou um cru Beaujolais, são outros exemplos de boa companhia. Na Normandia, região de origem do camembert, acompanha-se esse queijo com goles de calvados, destilado feito de maçã, assim como a sidra, o fermentado da mesma fruta. Um camembert maduro e de boa procedência não fará feio se for saboreado com um champanhe. 

Queijos azuis 
O sabor complexo e picante do roquefort combina com um Sauternes, vinho francês de sobremesa de alta concentração de açúcar. Com um Tokai húngaro, o resultado também será agradável. No caso do italiano gorgonzola, a combinação clássica é um tinto leve como um Valpolicella nobre, um Barbera ou Bardolino. Arrisque também com um Passito di Pantelleria, o vinho licoroso da Sicília. Você verá que não fica nada mal.
Outra possibilidade é abrir um Moscatel português. 

Queijos semiduros
Queijos como o emmenthal, o gruyère e o queijo-de-minas curado e semicurado ficam bem com tintos leves, no máximo de médio corpo, como um Côtes du Rhône, um Pinot Noir ou um Beaujolais (feito com a uva Gamay. Já tem versões brasileiras), todos poucos tânicos.
Também vão bem com alguns italianos mais leves como o Barbera e o Dolcetto. Podem ser bons parceiros brancos secos como os Chardonnays estruturados que permaneceram em barricas de carvalho.
Os holandeses gouda e edam e o italiano asiago têm sabor mais pronunciado e pedem vinhos potentes, como os da uva Shiraz - não a casta original francesa Syrah, mas sua variação espalhada pelo Novo Mundo (Austrália, África do Sul, Argentina).
Também formam ótima parceria com um Rioja Reserva, um Cabernet Sauvignon proveniente do Chile ou mesmo um Tannat uruguaio.
O provolone pode ser associado com um Chianti Clássico, tinto da Toscana, ou um outro tinto de médio corpo.
A mussarela funciona bem com um tinto leve ou de médio corpo. 

Queijos duros
Em geral, esses queijos são reservados para a seqüência final, uma vez que com sabor demasiadamente marcante, acabam ofuscando os demais.
As virtudes de um parmiggiano reggiano ou de um grana padano são ressaltadas com tintos potentes como um Cabernet Sauvignon Reserva chileno, um Amarone della Valpolicella ou um Zinfandel californiano encorpado.
O pecorino vai bem com vinhos de médio corpo. Vale provar com um Malbec argentino, por exemplo. O Malbec traz uma doçura que produz um interessante contraste com esse queijo. 
Uma opção interessante é contrariar a regra clássica de aproximar queijos duros e salgados de vinhos encorpados. Experimente prová-los com vinhos generosos, como um Porto ou Madeira. A mesma sugestão se aplica ao provolone.
A bebida licorosa rompe com o gosto de defumado desse queijo.

Harmonize uma tábua de queijos
Houve uma época em que os queijos eram servidos no lugar da sobremesa nos países europeus. Até hoje, os queijos costumam ser servidos para finalizar a refeição (antes ou depois da sobremesa) em países como França, Grã-Bretanha e Itália.
Saiba como escolher os queijos e acompanhamentos para compor uma tábua de queijos, seja para terminar uma refeição ou para servir como aperitivo. 

Como escolher os queijos:
O primeiro passo é escolher as categorias de queijo de sua preferência.
Não é necessário ter queijos de todas as categorias, mas é interessante incluir queijos de diferentes texturas e sabores, dos suaves aos mais fortes (inclua pelo menos um de leite de cabra ou de ovelha).
É importante também ter uma variedade de cores e formatos (evite servir todos no mesmo formato).
Verifique a validade e o armazenamento na hora da compra.

terça-feira, 12 de abril de 2022

As figueiras e os seus figos



As figueiras estão presentes em todos os continentes, salvo na Antártica.
O figo sempre foi considerado um alimento rico e de grande disponibilidade, quer consumido em fresco na sua época de maturação, quer como figo seco de longa possibilidade de conservação.
É um alimento muito rico, fonte de fibras alimentares solúveis e insolúveis. É rico em manganês, cobre, vitaminas B1, B5, B6 e magnésio. O figo seco é particularmente rico em magnésio, cálcio, potássio, vitaminas A e K e ferro.
É muito apreciado quer directamente como fruto, quer como componente enriquecedora da gastronomia, em pratos cozinhados, saladas, doces e bebidas.
Nesta época em que eles começam a surgir no mercado, aqui se deixa algumas receitas, que experimentámos e gostámos.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Bule





O Bule é o utensílio culinário  usado para preparar e servir o chá, especialmente nos países orientais, ou café.
Geralmente de forma sub-esférica, com uma pega de um lado, um bico do lado oposto e uma tampa por cima.
Originalmente, o Bule era feito de cerâmica, muitas vezes ricamente ornamentado e ainda hoje é comum na cultura ocidental oferecer como presente de casamento um serviço de chá.





sexta-feira, 24 de julho de 2020

QUEIJOS




Adoro queijos e, por isso, sempre procuro me informar sobre eles. Conhecê-los é um prazer, além da obrigação profissional.
Os queijos nada mais são do que uma conserva de leite.
Qualquer que seja o tipo de queijo, a matéria-prima é uma só: o leite (que pode ser de vaca, de ovelha, de cabra e de búfala).
Como acontece com os vinhos, as condições climáticas e geológicas, têm influência no sabor e no estilo do queijo, já que determinam a forma como o animal é criado e alimentado. Assim, seu leite terá características específicas e irá determinar o sabor final do queijo. 

A quantidade de gordura do leite (integral, semidesnatado, desnatado ou enriquecido com nata) resulta em diferentes tipos de queijo.
Em alguns casos se usa o leite cru, não-pasteurizado (cada vez menos comum), como no caso do queijo Taleggio do norte da Itália, e a mistura de diferentes tipos de leite (de cabra, vaca e ovelha).
A quantidade de água que se elimina no processo de produção do queijo determina a maciez, o tipo de casca e o mofo que irá se desenvolver no queijo. A casca é um dos primeiros aspectos a se avaliar em um queijo.

Um queijo está sempre em processo de maturação, portanto desde sua fabricação até o seu consumo, pode haver diferença no sabor, na textura e na coloração.


Na hora de comprar:

Em algumas lojas especializadas, se pode contar com a ajuda de funcionários com conhecimento, que dão boas sugestões. Mas quando você entra no supermercado e se depara com uma grande quantidade de queijos, a escolha pode ser mais complicada. Em caso de dúvida, se possível, procure experimentar o queijo antes de comprá-lo.
Como acontece com outros produtos, verifique a data de validade, o aspecto e os cuidados com a temperatura à qual o queijo se encontra (o que pode alterar o processo de maturação).


Como guardar:

Preste atenção na temperatura e verifique sempre se o queijo mantém suas características durante o armazenamento.

Podemos dividir em três grupos os queijos: os de massa dura, os macios, e azuis, que apresentam um mofo interno.

Os queijos de massa dura devem ser envolvidos individualmente em filme plástico ou papel-alumínio (neste caso, faça alguns furos com um garfo para que o queijo possa respirar) para que não ressequem.
Os queijos de massa macia (brie e camembert) devem ser mantidos no próprio papel da embalagem, que já é especial para sua conservação, e guardados na geladeira (assim como os frescos e fundidos).
Os que apresentam mofo interno (os azuis) devem ser envolvidos em papel-alumínio.

Para conservar queijos por pouco tempo, deixe-os em uma queijeira (com base de madeira e tampa de vidro), que não feche hermeticamente, permitindo que os queijos respirem em temperatura entre 15 a 25º.



Tipos de queijos:

Os queijos podem ser classificados de acordo com o tipo de leite, a textura, o grau de maturação e a intensidade de seu sabor e aroma. A classificação mais comum que encontramos é de acordo com a textura (queijos duros e semiduros, macios, frescos, etc).
A consistência dos chamados queijos duros, varia de lisa e fácil de cortar, até a áspera e granulada. Alguns deles são: o emmenthal, o gruyère, o grana (parmesão), o provolone, o pecorino, o cheddar e o gouda.
Há ainda os queijos macios (brie e camembert), os azuis (roquefort e gorgonzola) e os frescos (queijo de cabra, cream cheese, ricota, cottage, mascarpone e queijo feta).


Falando individualmente dos mais conhecidos:



Provolone:

Características:

Fabricado com leite de vaca, é feito com massa cozida e amassada (formaggi a pasta filata, como é denominado na Itália). Originário da região da Lombardia, tem diversos formatos e o peso varia de 200 g a 5 kg.
A casca é dura e fina, de cor amarela-dourada e brilhante. Em alguns casos pode ser encerada.
O provolone de 2 a 3 meses é flexível e apresenta uma textura aveludada. É conhecido como provolone doce ou suave.
No provolone picante, se emprega o coalho de cabrito, que acelera a maturação e deixa seu sabor mais forte. Há ainda o provolone envelhecido de 6 meses a 12 anos, que apresenta uma casca bem mais dura e sabor mais forte e condimentado. 

Como usar:

Para gratinar, na fondue e em petiscos (como na versão do tradicional à milanesa).
O provolone envelhecido é ótimo para ralar e acompanhar massas.



Gouda:

Características:

É um queijo holandês, de corte, produzido em várias regiões a partir de leite de vaca pasteurizado (o de leite cru ainda existe, mas é menos comum), com formato redondo, pesando de 5 kg a 10 kg.
A casca é muito lisa e de cor vermelha.
Depois de maturado (após 18 meses) ganha uma consistência um pouco granulosa, a parte interna ganha uma cor amarelo-escuro e seu sabor se torna mais complexo. Em poucos meses de maturação já é firme, de textura lisa e flexível. A parte interna é permeada por pequenos buracos.
O sabor do queijo mais jovem é frutado e doce, mas à medida que envelhece o seu sabor e aroma se intensificam. Existem algumas versões de gouda que incluem temperos como alho, cebola ou cominho. 

Como usar o Gouda:

É um queijo de mesa, pode ser usado em sanduíches frios e em gratinados.



Roquefort:

Características:

É produzido com leite de ovelha não-pasteurizado ao qual é adicionado o mofo penicillium roqueforti.
A umidade e a quantidade de ar no local de maturação, necessárias para que o mofo se desenvolva no queijo, são rigorosamente controladas.
Originário da região de Rouergue, França, tem forma cilíndrica e pesa de 2 kg a 3 kg.
A casca é pegajosa de cor marfim bem clara e a textura é macia, com um aroma característico e sabor que pode ser mais ou menos picante de acordo com o grau de maturação. 

Como usar:

Queijo de mesa, pode ser servido com pão ou acompanhado de nozes e frutas secas. Fica gostoso em saladas com verduras, como radicchio e endívia.



Gorgonzola:

Características:

Originário do norte da Itália, é produzido com leite de vaca (o tradicional, com leite cru e a versão mais moderna, com leite pasteurizado) e apresenta um alto teor de gordura.
Tem forma de um tambor pesando de 6 kg a 12 kg.
A textura interna tem veios de mofo que vão do cinza ao azul, obtidos pela presença da penicillium gorgonzola (ou glaucum).
Os diferentes métodos de fabricação, o tipo de mofo e a quantidade de sal dão origem a uma variedade de queijos, mas os mais famosos são o gorgonzola doce, suave, e o picante, de sabor mais intenso.
Os curados em grutas (na versão mais tradicional) resultam nos melhores gorgonzolas. 

Como usar:

Além de ser consumido ao natural, o gorgonzola pode ser usado no preparo de molhos (misturado com creme de leite) para massas, no recheio de tortas ou em pastas para canapês. Eu misturo à ricota em creme para fazer recheios de legumes e tomates.



Emmenthal:

Características:

De origem suíça (há também o alemão e o francês), o queijo emmenthal se caracteriza pelo grande número de buracos (quanto menores e mais redondos, mais forte e picante o queijo).
O aroma do queijo jovem, até 3 meses, é suave, ligeiramente adocicado e frutado, com sabor de nozes. Os queijos mais curados, de 4 a 5 meses, são mais fortes e picantes.
O Emmenthal é fabricado com leite cru de vaca e cada peça tem de 60 kg a 130 kg. A casca natural é fina e dura, com uma cor bege-amarelada.
Existem ainda os chamados emmenthal de massa dura, fabricados com leite pasteurizado. 

Como usar:

O Emmenthal é usado para gratinados (ralado) e no preparo da fondue. Assim como o gruyère, pode entrar na composição da clássica Sopa de Cebola francesa (foto 1). Experimente incluí-lo no preparo de omeletes ou ralado sobre batatas cozidas, temperadas com ervas e azeite de oliva e levadas ao forno para gratinar. Fica bom, ainda, em sanduíches.


Queijo de cabra:

Características

Feito com leite cru ou pasteurizado, o queijo de cabra pode ser encontrado em diversas variedades de sabor e formato. Geralmente, são produzidos apenas com leite de cabra, porém pode haver mistura com leite de vaca e de ovelha.
A palavra chèvre (cabra em português) estampada na embalagem mostra que o queijo é feito somente com leite de cabra. Se for feito com 50% de leite de cabra e 50% de outro tipo de leite é chamado de mi-chèvre.
A maioria dos queijos é produzida de maneira artesanal, principalmente na França, onde os queijos caseiros respondem pela maior parte da produção.
O queijo de cabra pode ser classificado de acordo com a consistência da massa e o processo de cura, que irão determinar o seu aroma e o seu sabor. Algumas versões desse queijo apresentam ervas e especiarias em sua superfície.

 Como usar:

Pode ser consumido ao natural, mas fica ótimo amassado com um garfo e temperado com azeite de oliva e ervas frescas (salsinha, cebolinha e até hortelã) ou com especiarias (experimente com pimenta-do-reino moída, pimenta rosa ou curry).
Pode ser servido como aperitivo, em saladas, sanduíches ou entrar no preparo de massas e recheios.



Queijo mussarela (amarela, comum):


Características

Feita com leite de vaca, é comercializada sem curar. Tem sabor mais acentuado e menos delicado do que a mussarela de búfala, sendo também menos macia. 

Como usar:

A mussarela é usada em pizzas, sanduíches e para gratinar. 



Mussarela de Búfala:

Como o nome diz, é feita com leite de búfala e tem vários tamanhos e formatos.
É comum ser vendida mergulhada no soro, quando apresenta textura elástica e é bem mais macia, mas pode ser encontrada de outras maneiras.
Por tratar-se de um queijo fresco deve ser consumido em poucos dias. Quando a mussarela de búfala é defumada recebe o nome de mussarela affumicata (em italiano). 

Como usar:

Devido ao elevado teor de água, a mussarela absorve facilmente os sabores de outros ingredientes e temperos. Sua textura macia rende pratos interessantes. Pode ser temperada com ervas e azeite de oliva e servida com pão, em saladas (como na clássica Caprese abaixo), em pizzas e para gratinar.


Gruyère:

Características:

Também de origem suíça (copiado em todo o mundo), o queijo gruyère é menor que o emmenthal e os buracos são pequenos e em menor quantidade.
Seu sabor é mais forte do que o emmenthal e sua textura mais cremosa.
É fabricado com leite cru de vaca e cada peça tem de 20 kg a 45 kg.
A casca natural é dura, seca e de cor castanho-ferrugem.
A textura do queijo é ligeiramente granulosa, densa e compacta (ao mesmo tempo é flexível). Esta densidade é a responsável pela sua excelente capacidade de derreter ao gratinar.
Este queijo apresenta um sabor bem complexo: no primeiro momento, frutado, mas em seguida percebe-se um sabor de nozes.
O queijo Gruyère tem coloração amarela, um pouco mais escura que a do emmenthal. 

Como usar:

Ótimo para gratinar, ralar e no preparo da fondue. Experimente incluí-lo em sanduíches quentes (misto ou bauru), em legumes gratinados, em sopas (como na Sopa de Cebola, receita na página 10) e molhos à base de queijo.

Experimente preparar filé de frango recheado com fatias de gruyère e presunto, depois empanado e frito. Um clássico Cordon Bleu.



Grana:

Características

Grana é o nome genérico dos queijos duros e granulosos que tiveram origem no Vale do Rio Pó, na época do Império Romano.
Trata-se de um queijo frutado, de sabor excelente e que deve ser maturado por pelo menos 12 meses.
Os Granas mais famosos (protegidos pela DO - denominação de origem) são o Grana Padano e o Parmiggiano Reggiano. Tanto um como outro são conhecidos no Brasil como parmesão. 

Grana Padano:

Proveniente de Piemonte, Lombardia, Emilia Romagna, Veneto e Trentino, o grana padano é um queijo duro, elaborado com leite cru de vaca e tem a forma de um tambor pesando de 24 kg a 40 kg. Apresenta uma casca muito dura, de cor amarelo forte, de textura lisa, grossa e, normalmente, oleosa.

O grana padano deve ter um gosto fresco frutado e doce (lembrando abacaxi). Um verdadeiro grana padano e em boas condições de armazenamento deve ter um gosto suave e jamais ser amargo.
A parte interna do queijo deve ter uma cor amarelo-claro e de textura dura. 


Parmiggiano:

Características

Originário de Modena, Parma, Reggio Emilia, zonas de Bolonha e Mântua, é um queijo duro, elaborado com leite cru de vaca e tem a forma de um tambor pesando de 24 kg a 40 kg.
O controle de qualidade é tão grande, que as vacas que produzem o leite para a sua produção só podem alimentar-se de grama fresca, feno ou alfafa. Dessa maneira, garante-se um queijo de excelente qualidade.
Apresenta uma casca muito dura, grossa, brilhante e tem uma cor que vai do amarelo ao alaranjado.
O parmiggiano reggiano tem um aroma doce e frutado (lembrando abacaxi). Tem um sabor forte, robusto, encorpado e rico, mas jamais demasiadamente forte.
Pode ser guardado durante meses e meses na geladeira.

 Como usar:

Queijo de mesa, servido em lascas como entrada. Ralado ou em lascas, entra em molhos, massas, risotos, sopas e saladas.

Poder ser ralado e guardado no congelador (é melhor do que comprar o queijo ralado industrializado, que nem sempre tem um sabor agradável). 


Pecorino:

Características:

Pecorino é o nome genérico que se dá aos queijos feitos exclusivamente com queijo de ovelha.
De origem italiana, tem características específicas dependendo da região e da forma como é produzido (os diferentes tamanhos dos grânulos, o tempo de maturação, o tipo de leite empregado e as misturas de leite).
Trata-se de um queijo com boa capacidade de conservação.
Há o pecorino fresco, o semicurado, o doce e o pepato (com adicão de pimenta). À medida que o queijo fica mais curado, é usado para ralar.
As variações mais famosas são o Pecorino Romano, o Sardo e o Toscano. 

Pecorino Romano:

Da região de Lazio e Sardenha, trata-se de um queijo duro produzido com leite cru de ovelha, tem a forma de um tambor pesando de 22 kg a 33 kg. A casca é dura e lisa e tem uma cor que varia com a idade do queijo, começando pelo palha, passando pelo amarelo-claro até o castanho-escuro. A textura do queijo é granulosa. Demora de 8 a 10 meses para maturar, período que desenvolve seu sabor: salgado e picante, que se torna cada vez mais robusto à medida que se torna mais maduro. 

Pecorino Sardo

Produzido na região da Sardenha, é feito com leite cru de ovelha. Menor que o romano, tem forma cilíndrica e pesa de 1 kg a 4 kg. A casca é dura e lisa e sua cor varia com a idade, começando pelo palha até o castanho-avermelhado-escuro. A textura é granulosa e o sabor é de nozes e ervas. Há dois tipos de pecorino sardo, o doce (maturado de 20 a 60 dias, pesa de 1 kg a 2 kg e tem a massa branca e firme), com sabor delicado e não picante, e o maduro (maturado por até 1 ano), que é mais duro, seco e com textura bem granulosa. Seu sabor é salgado e picante. 

Pecorino Toscano

Da região da Toscana, trata-se de um queijo duro produzido com leite cru de ovelha, tem forma cilíndrica e pesa de 1 kg a 3 kg. A casca varia do palha até o castanho, podendo chegar ao preto (pecorino toscano crosta nero). Entre os pecorinos é o menor e o que tem maturação mais rápida. Quando jovem, o pecorino toscano é frutado, aromático, com textura flexível e sabor de nozes e caramelo. 

Como usar o queijo Pecorino:

Ralado e servido em massas ou risotos, no preparo de molhos e em saladas (ralado na parte mais grossa do ralador). Na cozinha siciliana é usado no preparo das clássicas e deliciosas sardinhas frescas recheadas com uma pasta de alho e pecorino e marinadas em louro.



Queijo-de-minas:

Características

É o queijo mais consumido em nosso país, seja pela facilidade em produzi-lo, seja pela vasta distribuição no mercado, sem falar no seu sabor que agrada ao paladar dos brasileiros.
As variedades de queijo das diferentes regiões queijeiras de Minas Gerais distinguem-se umas das outras. O leite é diferente em razão do clima, do solo, da raça e da alimentação das vacas que dá a identidade para cada queijo. 

Queijo frescal

É o mais conhecido e consumido, principalmente por pessoas que querem perder ou manter o peso. É consumido puro, em sanduíches e com doces, como a clássica combinação com goiabada (Romeu e Julieta). Trata-se de um queijo delicado, de massa crua e que deve ser consumido até 10 dias depois de fabricado, já que sua produção envolve muita manipulação e tem elevado teor de umidade. Fabricado no sul de Minas e na Zona da Mata mineira. 

Queijo-de-minas do tipo padrão

É firme com casca amarelada, massa interna branco-creme, buracos irregulares, sabor pronunciado e levemente ácido. Pode ser guardado sem perder as características por até 90 dias, desde que mantido sob refrigeração. Retire da geladeira de 15 a 20 minutos antes de servir para que o queijo recupere a consistência e sabor originais. 

Queijo meia-cura

Também chamado de semicurado, é um queijo com características entre o queijo-de-minas padrão e o queijo prato. Seu tempo de cura é maior do que o minas padrão e varia de acordo com o fabricante. Sua massa é macia, amarelada e contém maior teor de gordura.



Ricota:

Características

De origem italiana, a ricota é produzida a partir do soro de leite de vaca (bem poucas são elaboradas com soro de leite de ovelha).
Quando se faz o queijo, o leite deve ser antes coagulado, separando a parte sólida (massa para fazer queijo) da líquida (soro). Nessa separação, a parte líquida ainda contém um pouco de sólido, que pode ser recuperado. Para isso, ferve-se o soro e a parte sólida (pequenos pedaços brancos) vem à superfície. Em seguida, essa mistura é coada, resultando num produto mole, esbranquiçado, que nada mais é do que a ricota.
Uma ricota de boa qualidade deve ser firme, mas jamais sólida, e não deve esfarelar (a verdadeira ricota derrete na boca). Pedaços grosseiros de coágulos resultam num produto de qualidade inferior.
Evite as ricotas de textura granulosa e arenosa e as que apresentam umidade excessiva. Existe ainda a ricota defumada, usada para ralar. 

Como usar:

De sabor bem suave, a ricota pode entrar na composição de recheios de massas e pastéis, na elaboração de sobremesas e para fazer pastas para canapês.


Brie:

Características

Originário de Ile-de-France é elaborado com leite cru de vaca. As duas principais variedades, ambas com denominação de origem, são o brie de Meaux e o brie de Melun.
O primeiro tem textura macia, mas firme (sem derreter) e tem aroma e sabor de cogumelos.
Quando está bem curado, tem sabor forte, mas não picante.
O brie de Melum tem sabor mais pronunciado e é um pouco mais salgado. Quando curado, sua textura quase derrete, o aroma é penetrante e o sabor, forte. 

Como usar

Somente como queijo de mesa, não deve ir ao fogo. Sirva acompanhado de pães diversos, croutes e torradas.



Camembert:

Características

Originário da região da Normandia, é produzido com leite cru de vaca. Em outras regiões pode ser feito também com leite pasteurizado. O formato é arredondado e pode pesar até 250 g. A casca apresenta uma crosta branca de bolor, que deve ser fina. À medida que o queijo matura, a casca ganha pigmentos coloridos (vermelhos, caramelo e amarelos) e o sabor e o aroma se intensificam. Tem textura macia muito agradável, aroma e sabor delicados e característicos. O original da Normandia apresenta sabor mais picante. 

Como usar

Somente como queijo de mesa (não deve ir ao fogo, assim como o brie). Sirva com pães diversos.



Cottage:

Características

De origem norte-americana, é elaborado com leite de vaca e apresenta massa ácida, de cor branca, sem forma e de textura cremosa e grumosa.
Tem, no máximo, 15% de gordura, sendo ideal para quem faz dietas de controle de peso. Há marcas que possuem 5% de gordura (o menor teor entre os queijos). 

Como usar

Para acompanhar o pão, substituindo a manteiga, em saladas e para preparações mais leves e com menos gordura.



Cream cheese:

Características

De origem norte-americana, é feito com leite de vaca.
O sabor é suave, tem textura cremosa e levemente aveludada e um gosto fresco, ligeiramente ácido.
As versões feitas com leite integral têm uma riqueza de sabor conferido pela gordura da nata. Já as versões desnatadas têm uma textura um pouco granulosa, devido à adição de leite em pó. 

Como usar

Para servir com pão ou com torradas em substituição à manteiga, temperado com ervas e servido como patê, para fazer molhos cremosos, para rechear panquecas ou em sobremesas, como o cheesecake.



Queijo Feta:

Características

De origem grega, é tradicionalmente feito apenas de leite cru de ovelha (mas pode ser feito de leite de cabra ou uma mistura dos dois).
Nas versões industrializadas, se utiliza o leite de vaca pasteurizado. Apresenta textura firme, macia e esfarelada e sabor acentuado. 

Como usar

Acompanhado de pão, em saladas e em recheios.



Mascarpone:

Características

De origem italiana, é cremoso, apresenta textura macia e homogênea e contém alto teor de gordura.
Apesar de suas características, o mascarpone não pode ser, tecnicamente, definido como um queijo (está mais próximo de um creme).
É obtido a partir da nata (que é aquecida), à qual se adiciona ácido cítrico ou tartárico, que provoca a coagulação, dando origem ao mascarpone. 

Como usar

Em sobremesas (como no clássico tiramisù), pratos cremosos, recheios e molhos.

* Como nem sempre encontramos o Mascarpone, ele pode ser substituído por uma mistura de ricota e creme de leite (70% e 30% respectivamente), embora o resultado não seja o mesmo.